UM POVO SEM REPRESENTAÇÃO
A Sessão Legislativa da Câmara Municipal de Tuntum, sexta-feira (1), tinha tudo para ter um rito solene, focada na abertura da “Semana da Pátria”. Sabe-se que a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822 foi o início de sua autonomia política.
Comenta-se pela cidade que, de forma estranha, os vereadores da situação deliberaram antecipadamente por não comparecer à Câmara; exatamente quando o vereador Carlinho Tibúrcio daria entrada em três requerimentos de interesse público: Prestação de contas da arrecadação da iluminação pública, Redutores de velocidade em área escolar (Mil Réis e Centro) e Convocação do Secretário de Educação para esclarecer sobre a aplicação dos recursos do FUNDEB. Esses requerimentos foram arquivados pelo fato de não ter havido a sessão. Foi melancólico, porém uma vitória para aqueles que não tem compromisso com o povo.
Vale destacar que o vereador Carlinho Tibúrcio saiu maior do que entrou quando, em poucos dias, registrou nessa Augusta Casa uma lição de comprometimento com os interesses do povo anti as perseguições, discriminações e sinecuras; fechando, portanto, com chave de ouro a sua interinidade. Em contrapartida os gazeteiros precisam saber que esse tipo de atitude representa um deboche da cara de seus eleitores. Como não trabalharam deveriam ter seus pontos cortados e descontados nos seus vencimentos, pois ninguém é digno de receber sem trabalhar.
O Poder Legislativo de Tuntum está combalido; os vereadores, quase em sua totalidade, têm demonstrado que não são representantes do povo e sim serviçais do prefeito. Pasmem! Respondam ao povo vereadores: para que serve o Art. 2º da Carta Magna, carta cidadã: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo (vereadores no caso), o Executivo e o Judiciário”. Mais ainda o Art.1º, Parágrafo Único: “Todo o poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Logo infere-se que “todo poder emanado do elemento povo é constituído do indivíduo, do simples alguém, da pessoa, do ser humano, do sujeito de direitos, do cidadão que vota”, diz o festejado mestre Adriano Soares da Costa.
Outrossim, é preciso entender que esse povo, o mesmo povo que vota, foi quem os elegeu para lhes representar não cabendo em hipótese nenhuma admitir comportamento abjeto por parte dos senhores. Parece até que estão acometidos de algum distúrbio mórbido, não obstante torna-se incompreensível admitir posturas incompatíveis e toscas.
“E agora José”, contar com quem?
Um povo sem representantes é como um barco à deriva que se torna vítima da própria sorte. É bom saber que o estado foi criado para cuidar das pessoas. Se os vereadores são contra o povo e não querem representá-lo, que renunciem os seus mandatos em favor daqueles que realmente se proponham a cumprir o juramento:
“Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis, desempenhar com lealdade o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município e bem-estar de seu povo”.
Façam-nos o favor!