O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI?
O povo se olha atônito ao ser surpreendido por servidores da limpeza pública, silenciosamente, demolindo a fonte luminosa que é o cartão postal da Praça Paulo Andrade e somava-se aos mais belos da cidade de Tuntum.
Esses servidores estão sendo explorados pelo acúmulo de tarefas urdidas pelos gestores municipais responsáveis pela demolição, denuncio (Carlinho Tibúrcio).
Esse patrimônio municipal contemplava a memória de um antigo morador da cidade, patriarca de uma importante família, foi também um homem empreendedor. Afirma a população dessa cidade que, se os responsáveis pela demolição fossem dotados do mínimo de bom senso e tivesse ouvido a opinião pública acerca desse desserviço certamente teriam sido repudiados.
Ninguém sabe onde vai redundar esse desperdício!
Tuntum que não dispõe de uma estrutura básica para sua população viver com dignidade não se admite precarizar vultosa quantia de dinheiro público. Aqui cabe avivar aos desatentos o atraso, de vários meses, no pagamento de vários servidores do município que não tem sequer esperança de receber seus vencimentos e mesmo assim ainda são ameaçados.
Isso é uma vergonha, diria Bóris Casoy!
Objetivamente o establishment que está a nossa menor percepção é literalmente descrito no poema que segue:
“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
Apesar de tudo isso vamos juntar nossas forças, quebrar o silêncio e gritar: O que estão fazendo aqui?